sábado, 27 de julho de 2019

O REI LEÃO

O Rei Leão, talvez seja um dos melhores filmes que a Disney já produziu na sua história. A primeira vez que assisti a trilogia eu ainda era criança, e, posso confessar que fiquei emocionado em algumas cenas, sem dúvida a cena que mais marcou foi a morte de Mufasa, o pai de Simbá.

Diante do lançamento do filme o Rei Leão Live Action, lançado no mês e ano corrente (18 de Julho de 2019). Resolvi assistir novamente a trilogia, para depois assistir o lançamento. Como disse antes, a última vez que assisti creio que tenha sido há mais de 20 anos. Porém, desta fez, com conhecimento bíblico mais sólidos do que 20 anos atrás, assim pude destacar cenas que a principio sejam recebidas como inocente e inofensivas, mas não são.

O objetivo deste artigo não é criticar o filme, longe disso, sou fã do filme. Mas, desejo chamar vossa atenção para alguns pontos de perigo que o filme traz e assim podermos estar em alerta. Destaco três pontos:


1. Espiritismo

Quando Mufasa morre assassinado pelo próprio irmão Scar, Simbá se sente culpado e ainda por cima seu tio joga toda a culpa nele e o aconselha a fugir para nunca mais voltar (claro Scar tinha a intenção de assumir o trono). Simbá foge carregando sentimento de culpa e vergonha. Depois de anos sua amiga de infância, Nala, o reencontra e implora para que ele volte, pois Scar está sendo um rei terrível. Simbá rejeita veementemente, mas sem dizer o motivo. Até que o Rafiki, (o macaco macumbeiro, como eu chamo), encontra Simbá e o conduz para uma conversar com o espírito de Mufasa.
Neste ponto do filme encontramos a presença de espiritismo. Pra quê esse exagero? É só um filme infantil! Esse é o perigo! Sei que pode parecer inocente e inofensivo, mas não é, e quero desenvolver duas razões:
(1) A cena nos induz a pensarmos que os nossos entes queridos que já partiram estão olhando por nós e eles mesmo podem surgir para nos orientar e socorrer em tempos de angústias, dúvidas e tristezas, o que é totalmente contrário a verdade da Palavra de Deus. "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (I Timóteo 2:5).
(2) A cena nos convida a olharmos para o contato com os mortos com um olhar mais aceitável e amigável, pois a cena é emotiva e encorajadora. Pense: por um momento Simbá está falando com seu pai novamente depois de anos, especialmente em um momento critico de sua vida. Isso trás aquela sensação do desfrutar da presença do indivíduo que sua ausência trás dor e pesar. Portanto conduz a um encorajamento e bem estar. Porém, contrário as verdade das Escrituras. "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isaías 8:19-20).
A Palavra de Deus nos ensina que o contato com os mortos é impossível, pois depois da morte nem os mortos tem contato com as pessoas da terra e vice-versa. Assim, o contato com os mortos é fruto do pai da mentira que aproveita a dor e a falta de esperança das pessoas para levá-las ao erro.
Gostaria que notasse que não é algo inocente é perigoso. Pois uma cena emotiva pode nos fazer olhar para o espiritismo como algo nada ofensivo.
Na parábola do Rico e Lázaro, Jesus ensinou a impossibilidade dos mortos se comunicarem com os vivos quando não permitiu a um homem morto voltar aos seus irmãos vivos, nem mesmo para alertá-los sobre o inferno. Os vivos devem ouvir a Palavra de Deus, representada por Moisés e os Profetas.


2. Hakuna Matata

Após a morte do pai, Simbá foge e se encontra com dois personagens: Timão e Pumba, onde tornam-se bons amigos. Os dois ensinam uma filosofia de vida para Simbá conhecido como Hakuna Matata (Sem problemas) - "Os seus problemas, você deve esquecer, isso é viver, é aprender, hakuna matata".
Mas o que há de perigoso nisso? Se nossa filosofia de vida não for baseado em filmes, séries e moda, então tudo bem. Contudo, a Bíblia nunca nos manda esquecer os problemas. Pelo contrário, ela nos exorta a encará-los e lançar sobre Jesus todos os nossos cuidados, aflições, tristezas e ansiedades.
É impossível viver a vida esquecendo dos problemas. Esquecer dos problemas é viver irresponsavelmente. Nossas ideias tem consequências (ação e reação). Uma escolha errada conduz a uma consequência amarga. Mas, se minha filosofia for hakuna matata viverei irresponsavelmente sem dar a mínima para as consequências. "Errando enquanto o tempo me deixar passar" (Kid Abelha).
Infelizmente, convivemos com uma geração de homens-meninos. Homens na idade, mas meninos quanto as irresponsabilidades. É triste constatar que hoje encontramos as pessoas estão cada vez menos responsáveis. Não é exagero, mas observe quantos indivíduos já entraram nas drogas e alcoolismo com o desejo de fugir da realidade. É impossível fugir da realidade, após o efeito da droga ou do álcool (que também é uma droga), a realidade estará lá, porém com mais um agravante.
Deus nos exorta a não fugir ou esquecer os problemas, mas a encará-los buscando a solução, com uma vantagem, podemos colocar sobre Jesus Cristo aquilo que nos aflige. Os incrédulos, não tem essa esperança e por isso se apega em algo vazio que os levará para um buraco cada vez mais profundo.
Hakuna Matata é lindo dizer, mas não é verdadeiro, como Paulo nos diz que devemos ocupar nossa mente com tudo que é verdadeiro.


3. Prisão do Casamento

Na cena onde Simbá reencontra sua amiga de infância, Nala, surgi um clima entre os dois e ambos se envolvem em uma música romântica.
Neste ponto, o que quero destacar é Simão e Pumba, os dois ficam insatisfeitos com o romance de Simbá e Nala e sabem que ficaram sozinhos  novamente.
No final da música a fala dos dois dá a impressão de que o casamento é algo negativo onde se perde a liberdade. Na versão original, em inglês a fala deles é: "His carefree days with us are history, in short our pal is doomed", algo do tipo: "seus dias despreocupados conosco são história, resumindo, nosso amigo está condenado" (doomed - sentenciado, condenado). Na dublagem para o português fica: "sua liberdade está quase no fim, domado está o leão".
Assim, em ambas as versões a ideia passada é que o casamento tira a liberdade como uma espécie de prisão. Porém, a Palavra de Deus nos ensina que é no casamento onde se encontra a liberdade. Liberdade em vários aspectos, no companheirismo, fidelidade, confiança e intimidade. A não ser que você tenha a convicção do dom de celibato, desta feita o casamento seria uma prisão.
Apesar do mundo ensinar que o casamento tira a liberdade, é na fase de solteiro onde o indivíduo não tem liberdade. Penso que a concepção do mundo de liberdade seria "fazer tudo o que der na telha" ou "se permitir", mas isso é prisão e não liberdade. O pardal por mais livre que seja, nunca passa por sua cabeça o desejo de nadar no oceano. Da mesma forma o peixe, com a liberdade de todo o oceano, nunca passa em sua cabeça o desejo de voar. Para os dois a execução de qualquer um desses desejos significa a morte.
Para o mundo o casamento tira a possibilidade das várias opções de relacionamento físico com quem desejar. Porém, o relacionamento físico com quem desejar fora do casamento não traz satisfação, porém, frustração, vazio, solidão, tristeza, desprestigio e doença. O que para o mundo é chamado de liberdade, para Deus se chama morte.
É no casamento que encontramos liberdade. No primeiro casamento Deus disse: "Por isso, deixa o homem pai e sua mãe e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne". (Gênesis 2:24).


Enfim, são esses pontos que desejei trazer, não para despretigiar o filme, mas para que possamos assisti-lo com um olhar mais atento quanto mundanismo que o filme traz.



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